No sábado dia
22 foi realizado na Câmara de Vereadores Londrina, uma audiência pública com o
tema: Genocídio da juventude negra: devemos
mudar esta realidade.
Foi
uma ótima oportunidade para discutirmos os porquês de 77% dos jovens que morrem
de forma violenta sejam negros. A palestrante Dalila Fernandes de Negreiros da
SEPPIR e Eliezer Rodrigues dos Santos do CREAS 2, expuseram os números a nível
nacional e do município de Londrina. Ao ver as estatísticas é notório e
evidente que a grande razão dessa carnificina é o RACISMO.
Uma
vez constatada o fato, cabe a sociedade e aos organismos de governo combater
esse massacre lançando mão tanto de cotas quanto de outras políticas de ações
afirmativas. Exemplos como o do Colégio Estadual Paulo Freire e do Municipal
Carlos Costa Branco, que na Semana da Consciência Negra fizeram uma caminhada
pelo bairro do Jd Piza chamando a atenção da população sobre o mau que toda
forma de preconceito causa, seja o racismo ou outras formas de violência como o
machismo, homofobia, sexíssimo...
Já
no âmbito das instituições públicas é necessário haver mais ousadia dos governos
para por em prática os direitos constitucionais para a população negra e carente
do país. Pois vemos muito discurso e pouca ação. Se tomarmos a audiência de sábado,
teremos uma visualização desse demérito da questão. O primeiro sinal foi que o
governo do Paraná estava representado pelo comandante do 5º Batalhão da Policia
Militar, para os presentes soou como se a questão racial fosse caso de polícia
e não de políticas públicas. Outro fato que chamou a atenção foi a ausência da
grande maioria dos vereadores. Dos 19 Vereadores de Londrina, somente 3 estavam
presentes e dois se fizeram representar por seus assessores, mostrando o total
descaso com a população negra e seus problemas. Não podemos aceitar calado esse
comportamento omisso, pois quando da eleição não se distingue a cor do voto,
mas no mandato fazem essa distinção.
A luta contra o RACISMO é de todos, e cada um
tem que assumir seu papel no combate a esse mal que é um flagelo que assola
nossa nação e atinge diretamente mais da metade da população brasileira, que
sofre na pele o preconceito e a discriminação por conta da sua cor.
José Mendes de Sousa
A Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Professor Paulo Freire (que coordeno atualmente) lançou a proposta de intervenção para o corpo docente, para que se trabalhassem questões referentes à Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Indígena; Educação das Relações da Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e também Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável.
ResponderExcluirProcuramos “criar contextos pedagógicos para mudarmos mentalidades” como propõe o texto base do III CONAPIR.
Trabalhamos pedagogicamente, com fundamentação teórica, temas como: Valorização do Idoso; Direitos Humanos; Positividades da África; Bullying; Povos Indígenas na atualidade; Desigualdade Social; Discriminação/Preconceito/Racismo; e Genocídio da Juventude Negra, com o intuito de contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna.
Buscamos parcerias como: Núcleo Regional de Ensino Londrina , CRAS Centro B, UBS- PIZA- NASF, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres,
Escola Municipal Dr. Carlos da Costa Branco, Grupo de Trabalho - GT DE COMBATE AO RACISMO (Ministério Público), UEL, NEAB/UEL e Movimento Negro em Londrina (José Mendes Sousa).
Todo o conhecimento produzido foi apresentado na II Semana da Diversidade e Culturas, através de apresentações de músicas, danças, produções de textos e paródias, jogos e brincadeiras, pesquisas, desfiles da beleza negra, mostra de vídeos, debates, produção de cartazes, culminando em uma passeata pelo entorno de nosso colégio, mobilizando toda a comunidade escolar. Posteriormente fizemos a exposição dos trabalhos realizados. Nosso objetivo foi combater o racismo e os diferentes tipos de discriminação, bem como promover o respeito ao idoso.