segunda-feira, 24 de novembro de 2014

audiência pública: Genocídio da juventude negra: devemos mudar esta realidade.


No sábado dia 22 foi realizado na Câmara de Vereadores Londrina, uma audiência pública com o tema: Genocídio da juventude negra: devemos mudar esta realidade.
        Foi uma ótima oportunidade para discutirmos os porquês de 77% dos jovens que morrem de forma violenta sejam negros. A palestrante Dalila Fernandes de Negreiros da SEPPIR e Eliezer Rodrigues dos Santos do CREAS 2, expuseram os números a nível nacional e do município de Londrina. Ao ver as estatísticas é notório e evidente que a grande razão dessa carnificina é o RACISMO.
        Uma vez constatada o fato, cabe a sociedade e aos organismos de governo combater esse massacre lançando mão tanto de cotas quanto de outras políticas de ações afirmativas. Exemplos como o do Colégio Estadual Paulo Freire e do Municipal Carlos Costa Branco, que na Semana da Consciência Negra fizeram uma caminhada pelo bairro do Jd Piza chamando a atenção da população sobre o mau que toda forma de preconceito causa, seja o racismo ou outras formas de violência como o machismo, homofobia, sexíssimo...
        Já no âmbito das instituições públicas é necessário haver mais ousadia dos governos para por em prática os direitos constitucionais para a população negra e carente do país. Pois vemos muito discurso e pouca ação. Se tomarmos a audiência de sábado, teremos uma visualização desse demérito da questão. O primeiro sinal foi que o governo do Paraná estava representado pelo comandante do 5º Batalhão da Policia Militar, para os presentes soou como se a questão racial fosse caso de polícia e não de políticas públicas. Outro fato que chamou a atenção foi a ausência da grande maioria dos vereadores. Dos 19 Vereadores de Londrina, somente 3 estavam presentes e dois se fizeram representar por seus assessores, mostrando o total descaso com a população negra e seus problemas. Não podemos aceitar calado esse comportamento omisso, pois quando da eleição não se distingue a cor do voto, mas no mandato fazem essa distinção.
         A luta contra o RACISMO é de todos, e cada um tem que assumir seu papel no combate a esse mal que é um flagelo que assola nossa nação e atinge diretamente mais da metade da população brasileira, que sofre na pele o preconceito e a discriminação por conta da sua cor.


José Mendes de Sousa

Um comentário:

  1. A Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Professor Paulo Freire (que coordeno atualmente) lançou a proposta de intervenção para o corpo docente, para que se trabalhassem questões referentes à Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Indígena; Educação das Relações da Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e também Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável.
    Procuramos “criar contextos pedagógicos para mudarmos mentalidades” como propõe o texto base do III CONAPIR.
    Trabalhamos pedagogicamente, com fundamentação teórica, temas como: Valorização do Idoso; Direitos Humanos; Positividades da África; Bullying; Povos Indígenas na atualidade; Desigualdade Social; Discriminação/Preconceito/Racismo; e Genocídio da Juventude Negra, com o intuito de contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna.
    Buscamos parcerias como: Núcleo Regional de Ensino Londrina , CRAS Centro B, UBS- PIZA- NASF, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres,
    Escola Municipal Dr. Carlos da Costa Branco, Grupo de Trabalho - GT DE COMBATE AO RACISMO (Ministério Público), UEL, NEAB/UEL e Movimento Negro em Londrina (José Mendes Sousa).
    Todo o conhecimento produzido foi apresentado na II Semana da Diversidade e Culturas, através de apresentações de músicas, danças, produções de textos e paródias, jogos e brincadeiras, pesquisas, desfiles da beleza negra, mostra de vídeos, debates, produção de cartazes, culminando em uma passeata pelo entorno de nosso colégio, mobilizando toda a comunidade escolar. Posteriormente fizemos a exposição dos trabalhos realizados. Nosso objetivo foi combater o racismo e os diferentes tipos de discriminação, bem como promover o respeito ao idoso.

    ResponderExcluir