sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Festival HIP HOPé Vermelho

Acontece nesse final de semana o festival de Hip Hop que vai sacudir a cidade.


A música que surgiu no gueto não cabe mais na periferia.Ela ganhou o mundo e hoje habita todos os espaço das cidades.Aqui em Londrina Mc Rei e companhia irão realizar o Festival HIP HOPé Vermelho. São cantores de varios canto do Brasil que virão para cá e nos encantaram com suas rimas, dança e versos diretos e sinceros.O evento acontecerá no Shopping Royal Plaza.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

 Porque no dia 25 de novembro se celebra o combate a violência contra as mulheres?                                                                                                                                                                                                 O dia 25 de novembro foi declarado Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina e Caribe realizado na cidade de Bogotá em 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, heroínas da República Dominicana brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960.

 Minerva, Pátria e Maria Tereza ousaram se opor à ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, uma das mais violentas da América Latina. Por tal atitude, foram perseguidas e presas juntamente com seus maridos. Como plano para assassiná-las, uma vez que provocaram grande comoção popular enquanto estavam presas, o ditador acabou por libertá-las, para em seguida simular um acidente automobilístico matando-as quando iam visitar seus maridos no cárcere. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício estranguladas e com ossos quebrados.

 A notícia do assassinato escandalizou e comoveu a Nação. Suas idéias, porém, não morreram. Seis meses mais tarde, em 30 de maio de 1961, Trujillo é assassinado e com ele cai a ditadura. Inicia-se, então, o processo de libertação do povo dominicano e de respeito aos direitos humanos, como quiseram Pátria, Minerva e Maria Tereza, cuja memória converteu-se em símbolo de dignidade, transcendendo os limites da República Dominicana para a América Latina e o mundo.                                                                                                                           Fonte: Feminino Plural     


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

audiência pública: Genocídio da juventude negra: devemos mudar esta realidade.


No sábado dia 22 foi realizado na Câmara de Vereadores Londrina, uma audiência pública com o tema: Genocídio da juventude negra: devemos mudar esta realidade.
        Foi uma ótima oportunidade para discutirmos os porquês de 77% dos jovens que morrem de forma violenta sejam negros. A palestrante Dalila Fernandes de Negreiros da SEPPIR e Eliezer Rodrigues dos Santos do CREAS 2, expuseram os números a nível nacional e do município de Londrina. Ao ver as estatísticas é notório e evidente que a grande razão dessa carnificina é o RACISMO.
        Uma vez constatada o fato, cabe a sociedade e aos organismos de governo combater esse massacre lançando mão tanto de cotas quanto de outras políticas de ações afirmativas. Exemplos como o do Colégio Estadual Paulo Freire e do Municipal Carlos Costa Branco, que na Semana da Consciência Negra fizeram uma caminhada pelo bairro do Jd Piza chamando a atenção da população sobre o mau que toda forma de preconceito causa, seja o racismo ou outras formas de violência como o machismo, homofobia, sexíssimo...
        Já no âmbito das instituições públicas é necessário haver mais ousadia dos governos para por em prática os direitos constitucionais para a população negra e carente do país. Pois vemos muito discurso e pouca ação. Se tomarmos a audiência de sábado, teremos uma visualização desse demérito da questão. O primeiro sinal foi que o governo do Paraná estava representado pelo comandante do 5º Batalhão da Policia Militar, para os presentes soou como se a questão racial fosse caso de polícia e não de políticas públicas. Outro fato que chamou a atenção foi a ausência da grande maioria dos vereadores. Dos 19 Vereadores de Londrina, somente 3 estavam presentes e dois se fizeram representar por seus assessores, mostrando o total descaso com a população negra e seus problemas. Não podemos aceitar calado esse comportamento omisso, pois quando da eleição não se distingue a cor do voto, mas no mandato fazem essa distinção.
         A luta contra o RACISMO é de todos, e cada um tem que assumir seu papel no combate a esse mal que é um flagelo que assola nossa nação e atinge diretamente mais da metade da população brasileira, que sofre na pele o preconceito e a discriminação por conta da sua cor.


José Mendes de Sousa

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Violência Contra a Juventude Negra


Violência Contra a Juventude Negra


A importância da aprovação imediata do PL 4471/12, que acaba com os “autos de resistência” e estabelece novos parâmetros na investigação de crimes cometidos por agentes do Estado

Cesar S. Pereira

O Estado brasileiro inicia sua relação legislativa com a juventude negra a partir de 28 de setembro de 1871, com a Lei do Ventre Livre, que considerava “livres” todos os filhos de mulheres escravizadas. Estabelecia duas possibilidades: as crianças deveriam ficar em poder dos escravizadores até os 8 anos de idade, depois desse período, ou o Estado pagaria uma indenização aos “senhores das mães” ou o jovem teria de cumprir serviço aos “donos” de suas mães até os 21 anos. Essa situação só seria revertida caso fossem comprovados “que os senhores das mães os maltratam, infligindo-lhes castigos excessivos”. Nesse caso, os jovens negros eram entregues ao governo, que por sua vez, lhe daria destino para associações, que poderiam utilizar dos seus serviços “gratuitamente” ou “alugar”, o que não deixa de ser uma forma de escravidão. O jovem “liberto” ficava, ainda, sob inspeção do governo durante 5 anos, conforme dizia a lei: “Êles são obrigados a contratar seus serviços sob pena de serem constrangidos, se viverem vadios, a trabalhar nos estabelecimentos públicos. Cessará, porém, o constrangimento do trabalho, sempre que o liberto exigir contrato de serviço.”
§ 1.º – Os ditos filhos menores ficarão em poder o sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Govêrno receberá o menor e lhe dará destino,em conformidade da presente lei.” Trecho da Lei Nº 2040 de 28.09.1871, Lei do Ventre Livre
Começa aí o genocídio da juventude negra e periférica, agora legalizado. Com o passar dos anos outros constrangimentos foram impostos aos jovens negros, como os “autos de resistência”, mecanismo criado no período da ditadura militar para autorizar o Estado a matar alegando suposta resistência. Em 2011, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 42% das mortes foram consideradas como autos de resistência.
O Estado brasileiro tem submetido o jovem negro, desde a Lei do Ventre Livre, a situações de vulnerabilidade e de extrema violência. O culpado é o Estado brasileiro. Esse mesmo Estado tem o dever de garantir a vida de jovens negros hoje, por isso neste momento há uma mobilização nacional em torno do PL 4471/12, que pede o fim dos autos de resistência.
Em uma campanha chamada “Novembro pela Vida”, milhares de pessoas de todo o Brasil estão articuladas no intuito de dar visibilidade para esse projeto de lei, alem de organizações da sociedade civil, órgãos do Governo Federal e agências da ONU. Nos dias 18 e 19 de novembro houve intensa movimentação na Câmara dos Deputados, em Brasilia , pressionando os parlamentares a colocar em votação o PL4471/12, em tramitação desde 2012. Nesta quarta-feira, 19/11, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), recebeu no gabinete da presidência uma comissão formada pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Gustavo Petta (PCdoB-SP), Vicentinho (PT-SP), movimentos de direitos humanos, mães de jovens assassinados pela Polícia Militar, representantes da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, dos coletivos de juventude negra, entre outros.
Alves se comprometeu a reunir as lideranças contrárias ao PL – que são de partidos como PROS, PSD e PTB – no próximo dia 25/11, para tentar a aprovação da matéria. Assim esperamos e que o Estado brasileiro se empenhe muito, mas muito mais, para garantir o direito à vida de jovens negros.

*Cesar S. Pereira é articulados do Plano Juventude Viva (SP), no âmbito da Secretaria Nacional de Juventude

Fonte: http://www.geledes.org.br/violencia-contra-juventude-negra/#axzz3JdWrjSJC

Em Londrina teremos a Audiência Pública: